Entre o tempo passado e o futuro,
Auguro me espremer neste presente,
Para fazer do calendário um ser ausente
E atirar as horas no monturo.
Aprisionar o relógio descontente
No cofre que dormita no escuro,
Gritar que me espere a quem aturo
No atraso que se faz mais freqüente.
E, livre, enfim, saber que noite e dia,
São apenas as palavras mais vazias
No sonho de quem voa sem ter rumo.
Faz da tua vontade o melhor prumo
E descarta na fumaça desse fumo,
Os segundos da contada hipocrisia.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
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Atemporal
autor(a): Márcio Ibiapina
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