Luisa Geisler nasceu em 1991 em Canoas,
RS.
“Fugir e ficar. Ela tinha histórias para
contar, sabiam? Todos têm. Todos têm histórias que nunca contam.”
O seu segundo livro – Quiçá, Record,
2012 – é um romance cujo ponto de partida é a mudança de Arthur, 18 anos, da
pequena cidade de Distante para a casa de familiares na metrópole de São Patrício.
Arthur vai morar por um ano na casa de Augusto,
Lorena, Clarissa (11 anos), e Zazzles (o gato) – para cursar o terceiro
colegial.
“Semanas depois, depois da tatuagem de
Arthur, choveria a pior tempestade do ano. Mas isso era no futuro. Naquele
momento, só chovia e só fazia frio.”
A narrativa contagiante, em linguagem contemporânea
e estruturada em três escalas de tempo – 24 horas, 365 dias e toda uma vida – já
seria o suficiente para um grande livro.
Mas emocionou-me, sobretudo a
sensibilidade e a humanidade com que a escritora desenvolve sua trama.
E é exatamente por esse motivo que
recomendo a obra: para uma reflexão sobre os relacionamentos humanos, a família,
a amizade e os nossos valores (?).
Tudo isso embalado ao som da banda de
rock progressivo Light Green, shots de vodca e baforadas num cigarro.
“E, como tudo que oferece muito, como
tudo que se impõe, São Patrício afastava e atraía os moradores de Distante.”
(Quiçá não tenha sido obra do acaso o Prêmio
SESC 2011 na categoria romance).
1 Comentário
Jorge, bom trabalho,na faceta (para mim até então desconhecida) de resenhista.Parabéns.Sucesso para a autora.
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