Cores em movimentos rápidos,
sons estimulantes, caminhos a percorrer, odores, frio, calor. Dormir parecia
perder tempo: Sentidos ausentes...
Trabalho, educação, mais
por um futuro financeiro do que por expansão ou construção do conhecimento: A
vida real.
Acordada existia em seu
refúgio, num mundo que ela mesma criou: tevê, computador e livros de auto-ajuda.
A compra de um carro: um sonho realizado. O gosto pela velocidade a fazia
esquecer a condição frágil sob a qual vivia. O sempre presente inesperado veio
à tona: Acidente.
A existência persistia
por meio de um coma há dois anos, já a vida se rendia ao mistério.
4 comentários
A realidade humana é abstrata, isso é muito divertido, todavia meu refúgio é no mundo real, onde o silêncio e a solidão são as melhores companhias.
Belo conto! Quando o assunto é vida, viver é sempre mais urgente! um grande beijo!
Marcia Barbieri
O lirismo trágico sempre rende boas histórias. E a vida real, não raro, é a melhor de todas as histórias. O texto se apoia na beleza do real e da ficção para transcender-se. Belo.
Muito bom Fernando!
Infelizmente o maldito capitalismo continua fazendo lobotomia nas pessoas...
Celular de última geração, carro do ano, tabletes... Livros ? Quantos pessoas ainda compram livros ?
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