quinta-feira, 25 de abril de 2013

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EU VIAJEI NO RASTRO DE UM POEMA TRISTE


EU VIAJEI NO RASTRO DE UM POEMA TRISTE     
                                                                     ®Lílian Maial




Eu viajei no rastro de um poema triste,
e dei carona ao sol, cicerone da lua,
prisioneira de toda a contramão que existe,
senhoria das horas, que o peito jejua.

Eu naveguei na proa de um verso que assiste
ao naufragar da aurora, sem tábua e sem pua,
sem leme da palavra, a vida, dedo em riste,
apontando o caminho, que a solidão flutua.

Eu me joguei do alto de um soneto em chamas,
que ardia as pobres rimas, tal e qual feitiço,
o mesmo que o poeta insiste em escandir.

Então me tatuei nas linhas que declamas,
queimando em tua boca, nas brasas que eu atiço,
marcada p’ra que nunca mais me deixes ir!


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