quinta-feira, 30 de maio de 2013

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Nas folhas móveis
sinto o vento sobre o rosto

o tempo avisa da poeira
que suja a roupa
tolda o olhar
em nuvens
espessas

quero enxergar o futuro
em sonhos irremediáveis

o sinal fecha
a poeira passa
                   em sopros

recupero o fôlego no que vejo
longe onde estendo a vista

a poeira suja o horizonte
nas mesmas cores

sujo corpo em que as roupas
trazem a cor unificada da poeira
que me aterra.

(Pedro Du Bois, inédito)

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