Paraná – Última parte
Continuei com minhas visitas.
Mesmo tendo que fazer umas voltas bem grandes para chegar até lá. E ainda
precisava deixar o carro na Vila e ir a pé, ou de carona em carro de boi. E Seu
Gervásio ainda estava doente. Cada vez mais fraco. Eu sentia necessidade de ir
lá para vê-lo. Sentia-me como que na obrigação disso.
Um dia cheguei mais cedo que o
costume e Seu Gervásio não estava em casa. Fora à cidade para nova consulta.
Perdera a vez na que havia marcado na outra ida ao médico. Mas ele era assim.
Teimoso. Só que desta vez ficou internado. Era grave.
O tempo passou e meu trabalho me
levou para sítios mais distantes. Ficou difícil voltar lá para ver o meu amigo.
Soube por pessoas de outras localidades que ele estava muito mal.
Pensei - um dia volto lá. – Mas,
não voltei.
E Seu Gervásio faleceu. Soube por
pessoas suas conhecidas. Com ele foram as histórias, mas ficaram as lembranças.
A saudade do varandão, do bolinho de fubá, do chá de capim santo queimando a
boca, do sorriso de um dente só.
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