domingo, 23 de junho de 2013

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Viagens - Capítulo VIII

Paraná – Última parte

Continuei com minhas visitas. Mesmo tendo que fazer umas voltas bem grandes para chegar até lá. E ainda precisava deixar o carro na Vila e ir a pé, ou de carona em carro de boi. E Seu Gervásio ainda estava doente. Cada vez mais fraco. Eu sentia necessidade de ir lá para vê-lo. Sentia-me como que na obrigação disso.
Um dia cheguei mais cedo que o costume e Seu Gervásio não estava em casa. Fora à cidade para nova consulta. Perdera a vez na que havia marcado na outra ida ao médico. Mas ele era assim. Teimoso. Só que desta vez ficou internado. Era grave.
O tempo passou e meu trabalho me levou para sítios mais distantes. Ficou difícil voltar lá para ver o meu amigo. Soube por pessoas de outras localidades que ele estava muito mal.
Pensei - um dia volto lá. – Mas, não voltei.

E Seu Gervásio faleceu. Soube por pessoas suas conhecidas. Com ele foram as histórias, mas ficaram as lembranças. A saudade do varandão, do bolinho de fubá, do chá de capim santo queimando a boca, do sorriso de um dente só.

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