segunda-feira, 12 de agosto de 2013

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CELLO - JANDIRA ZANCHI




é infinitesimal o segundo do décimo de tempo
em que me rendo à paisagem tardia desses olhos fixos
auréolas escuras de vigésimo de instantes – ao lado
antítese no som de cello de Bach e adjacências
nem todas as reminiscências são castanhas em dó ou Sol
antes, enviesadas, cortam um céu de vadios
e vacilantes arquejos sonados
das suítes ressonadas  
pautas embriagadas de fé e fúria - antes do amor é a fuga
a esperança única de horizonte inteiro e virgem
adormecida nos cristais perfumados da vigília oriente.

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