O vento que sopra móbiles
incontáveis sobre a lagoa é o mesmo que sustenta os pássaros sob o céu,
desenhando com as nuvens que são o vazio do aparente azul, paisagens
passageiras.
No meio do caminho, não
há pedras, há máquinas sedentas por imagens que não conseguem captar, mas
insistem em atirar seus flashes que não iluminam coisa alguma.
A fonte do amor, este
sentimento que ocupa os espaços existentes entre os humanos, não é algo
estático. O que jorra da água que é de verdade, não sei o que é. Só sei que não
pode ser nomeado.
O sol Rei-ilusório não
esconde o frio, mas enfeita a parte-todo que nos cerca, na pequena cidade,
espaço geográfico estranho aos meus pés que deslizam com auxilio das rodas de
um ônibus, fazendo-me sentir outra forma de ser no estar.
Como aqueles que foram ao
lago para um passeio a barco e voltaram com a estranheza de fixar os pés em
terra firme.
Poços de Caldas, Sete de Setembro de 2013
2 comentários
Lindo texto, amigo. Suas palavras caminham cada vez mais à dita hoje "prosa-poética". Literatura para se ouvir e pensar. Abraço!
Gostei! Viajei eu sua viagem.
Postar um comentário