quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

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“POEMAS FAMINTOS”: Valmor Bordin



Poemas Famintos, de Valmor Bordin, é um livro envolvente tanto pelo lado tocante dos poemas, quanto pelo talento do autor ao descrever suas percepções e mostrar o que nos cerca no curso dos acontecimentos da vida. Segundo Armindo Trevisan (que faz a apresentação do livro), “... Existe nos poemas de Bordin, um sopro novo de vida, uma pulsação terruña, uma cintilante exuberância... Bordin não tem medo de sentir o que sente, nem de sentir mais que o comum dos imortais...”
O livro cresce em dois rumos: revela as razões dos gestos e as razões ocultadas sobre o ato, “...Peço um mundo /onde o desejo não seja pecado mortal / e o beijo não precisa ser triste”.
O autor mostra o segredo e a fórmula para ligar os traços da vida ao poetizar histórias, lições de vida, valores e conquistas. Também, considera a fonte de poder – o equilíbrio e a felicidade – como fator na conquista pessoal e na busca de imagens e fantasias, algo que pode dar a chave para a reflexão. “...Juro! / Não mover músculo algum / até que os papéis das gavetas / rebocadas de escuridão / confessem seus segredos / palavra por palavra”.
A obra traz novo olhar, através da transparência das palavras, que tem a ver, de alguma forma, com a vivência do autor na área médica. Há, na literatura de Bordin, expressões demonstradas em atitudes transformadoras como tarefa difícil, mas possível. Que é possível mudar e/ou ajustar os pontos dos impulsos famintos, sobre como equilibrar as forças para enfrentar as mudanças. “... Abro tua gaiola / o que enxuga a vida. // Também queres voar? // Teu fôlego é ferido? / Arrisca! / Faz tua asa cortar ventos / para ser livre Val o risco”.
Poemas Famintos são ideias tecidas com linha de fina poesia. É um passeio pelo mundo da inspiração, marcado pelo estilo e sensibilidade na percepção apurada e profunda do autor. É o retrato criativo que desperta no leitor o imaginário que busca na aceitação as relações afetivas e a resposta para deliberar sobre a vida com os sonhos, medos, ilusões e esperanças. “...Sonhando sonhos / pisando mil estradas / cinzas de fumaça / num dia só / milhares de sementes vivi...”
Valmor Bordin tem a sua arte esboçada com a magia que se mostra nas entrelinhas da poesia, realidade e fantasia.

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