sexta-feira, 7 de março de 2014

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Ideação mental do símbolo



O yin-yang é antigo símbolo caracterizado por uma figura plana representando duas gotas complementares – uma negra (o yin) e outra branca (o yang) – cujas fronteiras externas definem uma circunferência. A figura transmite a ideia de movimento, estando as gotas justapostas direcionadas num mesmo sentido de rotação em relação ao centro.

Há ainda dois pequenos círculos, cada um deles disposto no quarto frontal ao longo do comprimento da gota; um pequeno círculo branco no yin (negro) e outro pequeno círculo negro no yang (branco). Diz-se que estes pequenos círculos remetem ao simbolismo de que o yin nasce do yang, e vice-versa.

Este símbolo representa, portanto, não um objeto estanque ou coisa inerte, mas sim um processo circulatório, fluido e ininterrupto – havendo inclusive trocas entre estes dois pólos.

Imagine o yin-yang agora não mais como uma figura plana, mas sim uma esfera cujas gotas complementares estão mapeadas sobre a sua superfície.

Nessa ideação mental, tridimensional do símbolo, os pequenos círculos opostos (dispostos nos quartos frontais das gotas de outrora) já não são mais círculos. São remoinhos ou vórtices gerando duas concavidades opostas na superfície; e esses dois remoinhos vão se encontrar no ponto central do yin-yang tridimensional.

Observe que a figura geométrica resultante desse exercício da imaginação é ainda uma única superfície, não mais bidimensional, mas que pode ser descrita valendo-se de três dimensões.

As trocas entre yin e yang são representadas agora pelos dois vórtices, para os quais podemos nos valer da analogia de uma supernova interior ao yin (princípio destruidor) e um buraco negro interior ao yang (princípio construtor). Exatamente no centro desse símbolo geométrico temos um ponto de singularidade (ou horizont de eventos) entre os polos – remetendo ao criativo, a alternância de um estado ao outro, pelos remoinhos, novamente um processo circulatório (e não um objeto inerte ou coisa estanque).

Existe também uma borda contínua para esta superfície yin-yang tridimensional. Esta é caracterizada pela curva de interseção entre as gotas. Podemos imaginar essa linha de fronteira da dualidade, onde os opostos tentam se acomodar dinamicamente.

Será que essa linha de fronteira representa o plano físico (universo consciente)? Será que a superfície yin-yang tridimensional serve de modelo para o plano astral (universo inconsciente)? E será que o ponto de singularidade poderia ser uma idealização do plano causal (universo criativo)?





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