O yin-yang é antigo símbolo
caracterizado por uma figura plana representando duas gotas complementares –
uma negra (o yin) e outra branca (o yang) – cujas fronteiras externas definem
uma circunferência. A figura transmite a ideia de movimento, estando as gotas
justapostas direcionadas num mesmo sentido de rotação em relação ao centro.
Há ainda dois pequenos círculos,
cada um deles disposto no quarto frontal ao longo do comprimento da gota; um
pequeno círculo branco no yin (negro) e outro pequeno círculo negro no yang
(branco). Diz-se que estes pequenos círculos remetem ao simbolismo de que o yin
nasce do yang, e vice-versa.
Este símbolo representa,
portanto, não um objeto estanque ou coisa inerte, mas sim um processo
circulatório, fluido e ininterrupto – havendo inclusive trocas entre estes dois
pólos.
Imagine o yin-yang agora não mais
como uma figura plana, mas sim uma esfera cujas gotas complementares estão
mapeadas sobre a sua superfície.
Nessa ideação mental,
tridimensional do símbolo, os pequenos círculos opostos (dispostos nos quartos
frontais das gotas de outrora) já não são mais círculos. São remoinhos ou
vórtices gerando duas concavidades opostas na superfície; e esses dois
remoinhos vão se encontrar no ponto central do yin-yang tridimensional.
Observe que a figura geométrica
resultante desse exercício da imaginação é ainda uma única superfície, não mais
bidimensional, mas que pode ser descrita valendo-se de três dimensões.
As trocas entre yin e yang são
representadas agora pelos dois vórtices, para os quais podemos nos valer da
analogia de uma supernova interior ao yin (princípio destruidor) e um buraco
negro interior ao yang (princípio construtor). Exatamente no centro desse
símbolo geométrico temos um ponto de singularidade (ou horizont de eventos) entre
os polos – remetendo ao criativo, a alternância de um estado ao outro, pelos
remoinhos, novamente um processo circulatório (e não um objeto inerte ou coisa
estanque).
Existe também uma borda contínua
para esta superfície yin-yang tridimensional. Esta é caracterizada pela curva
de interseção entre as gotas. Podemos imaginar essa linha de fronteira da
dualidade, onde os opostos tentam se acomodar dinamicamente.
Será que essa linha de fronteira
representa o plano físico (universo consciente)? Será que a superfície yin-yang
tridimensional serve de modelo para o plano astral (universo inconsciente)? E
será que o ponto de singularidade poderia ser uma idealização do plano causal
(universo criativo)?
Seja o primeiro a comentar:
Postar um comentário