Silvio e Silvia 6
Nunca mais se apaixonaria, disse ao entrar no apartamento. Lembrou-se do que
disseram: nada de se apaixonar ouviu a voz de Silvia repetindo. Sim, nada de se
apaixonar. Silvia no seu dia-a-dia surpreendia-se ao pensar em Silvio. Dera
todo apoio a ele para aceitar a bolsa de estudo. Incentivou, colaborou, comprou
um dicionário, apresentou um amigo francês para orientar, explicar
principalmente o básico para que não ficasse perdido. Tudo correra bem, até
mais do que imaginava, pois um dos professores, sendo brasileiro, lhe deu todo
o apoio chegando a se interessar por ele. Agora, ele voltava, sim voltava com
mais perfeição, com mais confiança, com uma bagagem profissional necessária. O
que ela gostava, é que ele não era convencido, percebia-se um pouco de
narcisismo, o que era justificável, o ambiente fazia com que as pessoas
adquirissem o narcisismo como proteção. Mas Silvio não era nada narcisista. Era
até desprovido do conceito em sim, apesar de ser um pouco vaidoso sem ser
exagerado.
Silvia gostava dele e, sabia que ele gostava
dela. No entanto o leito em que o rio deslizava na suavidade da correnteza
previa-se que logo, talvez na próxima curva, algo separaria esse rio,
tornando-o dois. Dava a impressão que de um momento para o outro, surgiria uma
corredeira levando-os de roldão e, nada poderia deter os acontecimentos.
Foi quando começou um distanciamento entre os dois crescendo sem que percebessem. Já não pensavam mais um no outro com tanta paixão. Silvia procurava o amigo em horas esparsas sem ter um dia certo. Também deixou de avisar e, quando ligava avisando recebia uma resposta negativa, sinto muito, hoje não dá, ou, hoje tenho compromisso vai ser impossível. Aos poucos foi espaçando os telefonemas, foi esmorecendo a vontade em ter a companhia do amigo, e, por outro lado, não se revoltava com isso, surgia um desinteresse entre os dois, que julgava normal. Sendo traída? Não estava pelo menos acreditava. Silvio também poderia pensar que estivesse sendo traído, o que não estava. Não tocavam no assunto, apenas seguiam sem se importar o que um ou outro tinha ideia do que estava sucedendo. Para Silvia a confirmação de que tudo estava terminado quando entrou no bar e encontrou Silvio acompanhado.
Foi quando começou um distanciamento entre os dois crescendo sem que percebessem. Já não pensavam mais um no outro com tanta paixão. Silvia procurava o amigo em horas esparsas sem ter um dia certo. Também deixou de avisar e, quando ligava avisando recebia uma resposta negativa, sinto muito, hoje não dá, ou, hoje tenho compromisso vai ser impossível. Aos poucos foi espaçando os telefonemas, foi esmorecendo a vontade em ter a companhia do amigo, e, por outro lado, não se revoltava com isso, surgia um desinteresse entre os dois, que julgava normal. Sendo traída? Não estava pelo menos acreditava. Silvio também poderia pensar que estivesse sendo traído, o que não estava. Não tocavam no assunto, apenas seguiam sem se importar o que um ou outro tinha ideia do que estava sucedendo. Para Silvia a confirmação de que tudo estava terminado quando entrou no bar e encontrou Silvio acompanhado.
pastorelli
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