Para Sérgio Blank
A suprema arte é a raiz dos ausentes
E se as mãos fechadas
tiverem o dom de deflorar os sentidos?
E o germe alijado no assombro
― a palavra ―
erguida pelo morno vento
tomar assento nas almofadas dos sonhos?
E se o manto do tempo
revestir a ilha
revestir o homem
com o nácar do descontentamento?
E a forma tosca
― antes sem sentido ―
se expandir esférica
e romper a boca
ofertando a pérola ?
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