sábado, 28 de março de 2015

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você

a você que vejo
sobre a hora
repetida das canções
em alegres momentos de esperança
retorna sempre que necessário
ao reencontro
que a corda retém o susto e o devolve
em gritos de esperas
nos tempos de mudanças
recusadas em trocas desproporcionais
do tanto que o relógio explode em momentos
de lamentos e louvores
na mesma hora do dia incerto
em que nos abraçamos e somos abandonados
no (des)tempo curto e certo da lembrança

a você que vejo no emaranhado da entretela
sabendo do seguir e da permanência
no mesmo universo
interno
de si mesmo.

(Pedro Du Bois, inédito)


3 comentários

Unknown

Pode até ser que exista, mas não chegou aos meus olhos e coração tão lindo poema, emocionante a ponto de me levar as lagrimas de solidão e tristeza.

Parabéns seu talento é Divino.

Pedro Du Bois

Grato, Silviah: sua leitura dá textura ao poema. Abraços. Pedro.

Unknown

Não sei porque volto milhões de vezes aqui.
Para acreditar e ao mesmo tempo para sentir.
Se poesia tivesse nome seria o Seu.