domingo, 19 de julho de 2015

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Moenda - Decio Romano

Poema de Decio Romano
 

                                                 para Jandira Zanchi


Dê-me seu tempo na alma
Na vitrine, de verdade, 
Branquinha e asas de nuvens,
Paralisada pela falta
E tanto vento pressagia
E muitas uvas viradas por sobre...

Pensa pousa-las na tez
Nos cabelos e nas formas de menina
Na nudez e no espaço.

Aprofunda os desejos no vazio.

Aproximando está a loucura
Mesmo acima, ou abaixo, ou entre
Espezinha lentamente os bagaços.

Explode perfume, ácido e belo
Antes e durante as paixões
De nefelibatas poemas.

Cada pisar moendo uvas
Quase sempre aroma, fê-las
Vinhos dourados.

Lívidos mamilos atravessados aos olhos.

DECIO ROMANO


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