sexta-feira, 10 de julho de 2015

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Raios que o partam

    
A população atual do planeta Terra gira em torno de 7.3 bilhões de seres humanos – dados de Julho de 2015. E aumentando.
   
O demógrafo russo Sergey Kapitsa propôs uma equação para o crescimento populacional de 67 mil a.c. até o ano de 1965 d.c. Esta equação, desenvolvida a partir de uma função arco-cotangente, permite o cálculo do número de habitantes no planeta, dado o ano de interesse. Entretanto, a aproximação só é válida até o ano de 1965.
   
Uma estimativa da população total que já habitou este nosso planeta totaliza 107 bilhões de seres humanos segundo Carl Haub do Bureau de Referência Populacional.
   
O crescimento hiperbólico da população, correlacionado a um retorno não-linear positivo de segunda ordem entre o crescimento demográfico e o desenvolvimento tecnológico, que fatalmente nos levaria a um ponto de singularidade no ano de 2025 (a população do planeta Terra seria infinita), cedeu antes do início da década de 1970. É fato.
   
Hoje, problemas como a super-população do planeta e o esgotamento dos recursos naturais não passam de mitos propalados aos quatro ventos por aqueles interessados em alimentar os conflitos e a acumulação desmesurada de recursos, que são reminiscências do instinto animal de sobrevivência – aquela estorinha da cigarra e da formiga que ensinaram para você na escola.
   
A grande questão dos nossos dias é: Como garantirmos que os recursos naturais cheguem a todos os habitantes do nosso planeta – sejam estes materiais ou intelectuais (e ainda aqueles transcendentes)?
   
É sabido que os raios ocorrem numa frequência média de 44 vezes por segundo na superfície da Terra. Isso representa um total de quase 1.4 bilhões de relâmpagos por ano!
   
Os ferimentos por raios causam danos sérios no ser humano. Oitenta por cento das pessoas que sobrevivem à queda de um raio apresentam ferimento de longo prazo, muita vez irreversível. Entretanto, a taxa de mortalidade dos seres humanos atingidos por raios é de apenas 10%.
   
Uma boa estimativa é a de que 240 mil pessoas são atingidas por raios em todo o planeta a cada ano, sendo que destas, 24 mil pessoas chegam ao óbito.
   
Roy Sullivan tem uma anotação do Livro Guinness dos Recordes pela sua sobrevivência mesmo após ter sido atingido por, nada mais, nada menos, que sete raios ao longo de 35 anos. Depois que sua fama se espalhou, Roy Sullivan era evitado pelas pessoas com medo de que, na companhia dele, um raio as atingisse. Ele morreu no ano de 1983, aos 71 anos de idade, por problemas psicológicos causados por um amor não correspondido.
   
A verdade é que a chance de um habitante desse nosso planeta vir a ser atingido por um raio ao longo de 35 anos de vida e sobreviver a este é de apenas uma em 965.6 – (240000-24000)x35/7.3 bilhões.
   
Entretanto, a probabilidade de ocorrer o que aconteceu a Roy Sullivan é de apenas um em 783,000,000,000,000,000,000 dos casos (965.6 elevado a sétima potência). E este número é 7.3 bilhões de vezes maior do que os 107 bilhões de seres humanos que habitaram o planeta Terra ao longo de toda a sua existência. (Observe que 7.3 bilhões é também o número de habitantes atuais da Terra). E, coincidências a parte, Roy Sullivan era realmente um afortunado em raios!
   
O que eu quero dizer com isso é que cada um de nós tem o dever de fazer brilhar a sua luz interior, lutar pelas suas ideias, pelos seus sonhos porque é evidente que cada ser humano é único, singular.
   
E isso deve ser feito agora. Antes que um raio te parta ao meio!
   
“E me perdoe se eu insisto nesse tema
Mas não sei fazer poema ou canção
Que fale de outra coisa que não seja o amor”
   
“Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração como expressão”
– Antonio Carlos & Jocafi
             

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