sexta-feira, 10 de julho de 2015

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RÍGIDO - JANDIRA ZANCHI

Ilustração: deviantART



margem seca derrapada antes... depois da sina simplificada....
pomos e palmas e pedaços de alguns laços enlaçados ao pé
    - dessa cruz – vergada em vibrante alongamento
            seis ou sete tempos, 
ventos marinhos em desalinhos
em four ou five , never more, bramidos enfastiados
tão rentes ao poente como petrificados

estagnações enviadas de magos margeados
pela sombra da estrada....

como fagulhas derrapam e escapam nos asfaltos desérticos
já que entoadas quase ao chão
            - livre de condimentos e parábolas - 
quase estanques como os muitos mundos sem criação

ou criaturas ou figuras -  parece que apenas no comando carimbado
 - cima ao alto – de desejos e extra visões complicadas coerentes
                                         desafinadas

se edifica a redoma ridicularizada 
a palavra esperneada (aonde se  formam os cruéis vinténs)
muita massa evaporada , abandonada com cartuchos de sonhos e 
pedidos de peraltas aleluias ruídas

o sol magro de vésperas e sugestões,
um pouco mais envelhecido, para além da meia principal, é o mesmo

é que descartamos, nessas operações de núcleo , que quando rígido é Satã,
parte de nossas partes, de demônios e venenos e desejos e frevos e máscaras

e  lisos amoldados em imperfeições, somos quase saturno
luas de amianto e frescor e langor
ainda, por entre fogos, quase faísca
sem rezas  ou punição.

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