A
cem metros sou só um ponto. Da estratosfera não me distingo da poeira ou do
mar.
Pé
no chão, antena de vaidade, ideias no ar: canal da perturbação, olho na lente,
bem rente, foco que limita a visão.
Como
meu xará, também não sou nada, nadar para quê? Sou parte da correnteza, não é
preciso lutar, apenas integrar o movimento e me deixar levar por todos os
lados, dentro de tudo do que sou parte.
Despedaço
o antes que se foi e é agora, atracado à rocha, sou água, areia e pedra, perda
e transformação: gasoso, líquido e sólido. Estado, estive à sua procura, não
sabia que estar sem ser era senti-lo profundamente, como um bebê: Sorriso
completo sem sombra de dente.
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