digo jamais como posso dizer o quanto é breve
o tempo não percorrido: tempo perseguido
na angústia de ser alcançado pelo passado
ressurgido em epigramas
e anagramas
em folhas amarelecidas de anos
ultrapassados no esquecimento: horas
perdidas em descobertas efêmeras: vazias
da infinitude dos opúsculos no dizer
adeus: tantas despedidas agônicas
de lágrimas percorridas ao contrário
das amizades esmaecidas: barcos
soltos em águas revoltas de tempestades
mediadas em lembranças desavergonhadas
voltar na criança reencontrada
ausente do desentendimento tardio
na pouca valia onde vislumbrados
átimos primevos da maldade: jamais voltar ao âmago
aleitado e quente das tormentas
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 17 de novembro de 2015
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JAMAIS
autor(a): Pedro Du Bois
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