Ilustração: O segundo sopro/ balé guaíra |
estreito em cada vigésimo vaga-lume o rodar do eixo
alongado em aliens de muito fado
danças de sombras vorazes esculpidas ao chamado da lua
amortizadas em freqüentes embalos embotados
aborrecidas e esfuziantes do mestiço da sina
sua corpórea manifestação esculpida de vagares
e vestígios e vulgares e vomitados vinténs....
incorporo minhas águas (ainda tão frescas como o beijo da lua)
em levitados leviatãs esculpidos ao fácil fascínio do amor
essas sementes cedidas no rumor das nascentes
aos fabios fabianos fornecidos de som e fúria
e quietude e marcha e amplitude
quase uma catedral de vitrais espelhados
na virgem vertigem dessas partículas acordes
avançadas em bemóis de besuntadas febres
adormecidas ao longo das pequenas chamas da noite
que se movimentam cá e lá de muita andaluzias
faróis famintos quase distantes disparados
no supremo sal de teus olhos.
2 comentários
Parabéns, Jandira, pelo tema e desenvolvimento. Literalmente poesia. Abraços.
Obrigada, Pedro, se você reconhece como boa poesia também vou acreditar que sim, abraço.
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