terça-feira, 6 de junho de 2017

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Para Bruno Borges


           
O nascimento de um bebê é a morte da vida intra-uterina. A morte da barriga e daí, muita vez, a depressão pós-parto. E o que dizer da morte de um ente querido, ou da dor de uma mãe que se perde de seu filho? Não será esta ainda maior? Porque, enquanto humanos, não sabemos se existe vida após a morte. Mesmo a melhor das filosofias nos leva tão somente a ideia de que talvez não exista Deus. Mas, para nós, humanos, acumulam-se provas em contrário desde as relações entre as grandezas físicas cuja precisão, tão improvável, deveriam nos conduzir a evidente existência de um propósito. Acontece que o Sol ofusca nossas vistas, e a moderna ciência do século XXI se fragmentou a tal ponto que sua trajetória há muito descarrilou da direção do conhecimento. E nesse mundo louco – verdadeira Torre de Babel – não enxergamos além, senão aos nossos próprios umbigos. Toda a Atlântida sendo inundada pelo derretimento das calotas polares. Não é de se estranhar tantas leis absurdas que mais parecem subverter o senso comum. Será que precisaríamos mesmo destas leis se a filosofia fosse ensinada nas escolas? Quanto aos ETs, eles devem achar que não passamos de uma civilização muito primitiva. E se o ser humano fosse mesmo inteligente, deixaria outras culturas de mesma espécie desenvolver por si mesmas. Certamente não fariam os ETs o que fizemos aos nossos índios. Talvez eles nos estudem à distância. Nessa hipótese, devem estar pasmados, com tanto derramamento de sangue, com tantas civilizações destruídas por desvios dos fins por interesses espúrios, e ainda assim aclamados pelas massas inflamadas pela história escrita dos vencedores. Senão é assim, explica-me, filósofo, porque a moeda é um fim, e não um meio, para a paz?
          

           

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