A
que ponto chegamos, olhamos a vida e vemos tudo diferente de como era; tudo
mais sublime e perigoso. A amplitude das palavras, ouvimos como grito e ordem:
sim, senhor! Que horror esta multiplicação da (des)razão sem diálogo que nos
tira o sabor da vida. Encontro na poesia de Alexsander Wolf, “Bons Tempos //... de que o nosso país
amado, / um dia seria liberado”.
A que ponto chegamos,
ficamos sem opções, objetivos, ideais e espaço para destinar a palavra sem
quebrar o ponto de descortino da realidade assustadora. Nas palavras de
Christian Svoboda, “... As verdades só se
reconhecem como verdades / quando quem as verifica é por si verdadeiro...”.
Gosto da vida, de
amar e ser ouvida a ponto de revelar a verdade. Mas, vivencio à distância o eco
da solidão, dor e incertezas em que os reflexos, das imagens apresentadas na
vida diária, vão além do bom senso. Christian Svoboda alerta, “... Cada passo deve ser medido / dentro
deste campo minado / onde muitos estão livres / e poucos libertados...”.
Medimos as palavras
tecidas para encontrar a seriedade e a paz sem perder a capacidade de sentir e
perceber as maldades ao redor.
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