Não me esqueça e
não me recorde
só
lembre os meus cravos
só lembre os meus
lábios
vermelhos
cravados em teu peito
trilhas de meu
coração.
Mas, se meus cravos
forem só gotas
de vermelho em meus
olhos cansados
que se calem os
perfumes
que se aquietem os
queixumes
que me cravam
lembranças de noites
vermelhas
esses cravos....
que num final de tarde
sejam
vermelhos sobranceiros
porque Ti quero
que ti quero
ardendo como ardem
cravos
morrendo em meus
braços
em perfumes que se
cravam
sem caminhos vermelho
de agravo...
Nas naves de prata que
fizeram corredores de alegria nascem as flores silvestres
que cobrem o cinza do
concreto que teima em revolver sua boca, grande gulosa.
Quando não sonho
também não amo e só acredito nos duendes e fadas
que me esperam na floresta
para o dia seguinte, a manhã vitoriosa.
Mas, agora abro meus olhos, selo meus
lábiose evito os mal cheirosos
mal estares porque o que se passa nos
departamentos da poesia
só se traduz em versos e flores e grandes amores
que só falem os meus
cravos
que de vermelho
arrematam
fagulhas de paixão,
uma conspiração?
Vermelho em sangue
doce ou quente
para embalar um
princípio de canção
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