Um dia tomei a decisão, de marcar no calendário um 'x' para
cada dia que iniciava. Coisa sem nexo, coisa sem sentido, eu sei.
Mas a partir daí verifiquei o quanto estava passando
depressa o tempo de minha vida. Antes não percebia isso.
O que é um calendário senão a marcação inexorável do passar
do tempo?
Perguntamos: que dia é hoje?
É mais um dia que vai passar igual aos outros, não importa o
que nele se possa inserir de bom ou de mau. Ele passa.
Não importa se fomos felizes ou passamos por maus pedaços. Não
importa se colocamos no cofre da vida uma esmeralda de boas atitudes ou um
tijolo de incompreensão. Ele vai passar.
E com ele passa mais um pouco de nossa história, quer seja
construtiva ou não. Aí penso, de que vale conquistar mundos como Alexandre,
defender direitos como Gandhi, tentar melhorar os homens como João XXIII.
De que vale incrementar a tecnologia ao ponto de podermos
estar presentes no mesmo instante, em todo o planeta através da internet e do
telefone.
De que vale uma mídia poderosa, que constrói e destrói
mundos particulares a todo o momento.
De que vale isso tudo, se daqui a pouco o tempo passou, e
cada um volta a seu princípio, virando pó ou cinzas.
Por isso, ao olhar o inexorável calendário, vê-se que o que
vale de verdade, o que realmente interessa, é o que vivemos no momento, no
agora de nossas vidas. O que vale mesmo, é tentar fazer o melhor possível para
quando não pudermos mais marcar um 'x' no calendário, possamos fechar os olhos
em Paz.
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