Ilustração: Remedios Varo |
recreando nos teclados uma sinfonia, um pouco surda, ao longe
se alongavam de fanfarras... iluminação
veemente sol dos trilhos e bandas nessas marginais de pouca monta
mesclado o terreno
da aparição
furiosos os momentos e sua
secura
propensos
a palatáveis
vexames
virulentos
a varicela, ainda branda, emergida em seu sânscrito no jardim de uma primavera
caudaloso canto de efêmeros pingentes, colar amoldado ao sorriso em flor
arrebatado verso
e previsão... estrela alva , caminhante,ao longe teus rugidos
nessa malha de fogo são indiferentes
só admiramos o azul de madrepérola fresca de tuas manhãs
e tardes beijadas na noite (noite néscia de nossos desejos, suspensa entre
os goles e os fortes e as cirandas e suas sinas semáforos seqüestrados de deus)
estrela calva, aonde estivestes?
foram seguidos dias de suspensão e matéria e material malquerido e não amado
um suspense....
anedota banalizada as nossas vidas violáceas cruas de suas preces
piano ao fundo fundindo-se de paixão e silêncio
sequencias bravias bravatas frias
...................sem bênçãos
acenos e editais, o vapor consumia
devorador diletante,assíduo, mordaz.
JANDIRA ZANCHI
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