Quem
não gosta de ler um bom poema? Não é à toa que o costume de ler e de se deixar
levar pelas palavras faz parte do viver; é o mundo dos valores emocionais e dos
mistérios que nos leva a refletir sobre a vida.
A
marca e o estilo de cada escritor visa sustentar as trocas de ideias ao
determinar palavras para suscitar a memória, a lembrança e a realidade na
reconstrução em novas imagens, com movimentos que revelam inovações.
A
arte de escrever poesia é importante porque é instrumento de ligação entre nós
e o mundo: descortinar os mistérios da realidade, que os escritores conduzem
com dinamismo ao nos mostrar a riqueza por detrás das palavras, que podem ser
alteradas pelo leitor, como aconteceu com Luiz Otávio Oliani, ao ler o poema de
Pedro Du Bois, que o inspirou a descrever “por outra janela”, com a sua visão:
ESCREVER (Pedro Du Bois)
“Escrevo na folha
/ a estrofe derradeira /condensada em palavras / de
despedida.// A folha preenchida /pede folhas sucessivas. // Escrevo
histórias recontadas / em dias de mesmas palavras”.
POR OUTRA
JANELA (Luiz Otávio Oliani)
Logo após ler o poema “ESCREVER” de Pedro Du Bois
“o que rascunho na
folha /é novo para mim // velhos sentimentos / em poesia / amor morte solidão /
sempre assim // o olho do poeta / capta o nunca vivido / a voz não dita / o
inimaginado // metamorfose à risca / o papel sempre engravida / de sensações inéditas”
Esse encontro na arte da palavra e na
expressão acontece em momento da liberdade, onde a inspiração, muitas vezes,
passa por caminhos e trajetórias pessoais onde existe a vontade de revelar o
quanto de (re)criação e sentimento os norteia. Luiz Otávio descobre esses
mistérios e o revela nas palavras poéticas, levando-nos à (re)leitura sobre
onde começa a “sede” de criar, que não tem
fim, para refletirmos com o seu despertar e aprendermos, com ideias diferentes,
a mantermos nossos ideais.
Oliani assim descortinou no poema de
Du Bois e, na diversidade, fez o reverso com a sua criação. Os autores mostram
através dos poemas que algo acontece em seus corações, e que suas linhas
transbordam versos e reversos.
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