quinta-feira, 16 de maio de 2019

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VERSO de Pedro Du Bois e REVERSO de Luiz Otávio Oliani



          Quem não gosta de ler um bom poema? Não é à toa que o costume de ler e de se deixar levar pelas palavras faz parte do viver; é o mundo dos valores emocionais e dos mistérios que nos leva a refletir sobre a vida.
          A marca e o estilo de cada escritor visa sustentar as trocas de ideias ao determinar palavras para suscitar a memória, a lembrança e a realidade na reconstrução em novas imagens, com movimentos que revelam inovações.
          A arte de escrever poesia é importante porque é instrumento de ligação entre nós e o mundo: descortinar os mistérios da realidade, que os escritores conduzem com dinamismo ao nos mostrar a riqueza por detrás das palavras, que podem ser alteradas pelo leitor, como aconteceu com Luiz Otávio Oliani, ao ler o poema de Pedro Du Bois, que o inspirou a descrever “por outra janela”, com a sua visão:

ESCREVER (Pedro Du Bois)
“Escrevo na folha / a estrofe derradeira /condensada em palavras / de despedida.//  A folha preenchida /pede folhas sucessivas. // Escrevo histórias recontadas / em dias de mesmas palavras”.

 POR OUTRA JANELA (Luiz Otávio Oliani)
Logo após ler o poema “ESCREVER” de Pedro Du Bois
“o que rascunho na folha /é novo para mim // velhos sentimentos / em poesia / amor morte solidão / sempre assim // o olho do poeta / capta o nunca vivido / a voz não dita / o inimaginado // metamorfose à risca / o papel sempre engravida / de sensações inéditas”

          Esse encontro na arte da palavra e na expressão acontece em momento da liberdade, onde a inspiração, muitas vezes, passa por caminhos e trajetórias pessoais onde existe a vontade de revelar o quanto de (re)criação e sentimento os norteia. Luiz Otávio descobre esses mistérios e o revela nas palavras poéticas, levando-nos à (re)leitura sobre onde começa a “sede” de criar, que  não tem fim, para refletirmos com o seu despertar e aprendermos, com ideias diferentes, a mantermos nossos ideais.
          Oliani assim descortinou no poema de Du Bois e, na diversidade, fez o reverso com a sua criação. Os autores mostram através dos poemas que algo acontece em seus corações, e que suas linhas transbordam versos e reversos.  

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