Qualquer
relacionamento se torna espontâneo quando cuidamos dele com carinho e
honestidade diariamente; o que posso comparar com a manutenção de uma planta. Assim,
as pessoas se envolvem e ficam à vontade para falar, porque não são simplesmente
julgadas pelas palavras. Na soma descobrimos que podemos aproveitar para falar de
qualquer assunto que acaricie os nossos sentidos e consciência, para termos
ideias em grande estilo. Nas palavras de Mário Chamie, “... sabia apenas das palavras ocas / que entulhavam em sua estufa / o
mofo da nossa ausência”.
É
necessário diferenciar de que o “falar por falar” se iguala à arrogância no
“chutar” sobre assuntos desconhecidos. Não digo que é para sempre ter razão.
Não! Ao contrário, o respeito mútuo nasce quando um confia no outro e, assim,
há liberdade para compartilharem conhecimentos, sem arrogância. Para Luiz
Coronel, “... os lábios tornam-se lâminas
/ e sangram as mais cotidianas / palavras”. Também, encontro Jaguar com seu
livro de cartuns, Ninguém é Perfeito. A
ideia é garantir um relacionamento que faça diferença com ações que fortaleçam
o dia a dia.
Com arrogância e ignorância não inovamos
o jogo da vida e nem equilibramos as proporções do conhecimento. Manoel de
Barros demonstra, com o Livro das Ignorãnças:
“sou puxado por ventos e palavras”.
O
importante é inovarmos o padrão cultural, com o que nos permitiremos misturar as diferenças culturais, que isoladamente
ninguém é ninguém, mas, juntos somos o todo. Para Mario Quintana, “A ignorância rasa e simples é coisa honesta
e conserva desanuviado o entendimento...”, e Helena Rotta Camargo completa:
“A arrogância se compara a um fole, e o
arrogante, a um balão de gás”.
Somos
responsáveis pelas palavras e opiniões, delas depende a renovação do tempo em
nosso futuro. Não é só questão de relação e sim de armazenar conhecimento para
garantir a relação honesta, de vida longa. Na visão de Orson Welles, “Muchas personas están demasiado educadas
para hablar com la boca ilena, pero nos lês preocupa hacer com la cabeza
hueca”.

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