Quantas vezes murmurei seu nome em solitário;
muitas outras, escrevi no espelho suado;
algumas, temi por nosso amor invejado;
raras, foram às vezes que esquecemos o primário.
O passado passou, a vida seguiu, o rio não parou.
A lembrança não desvaneceu e o amor permaneceu;
a quietude chegou, mas o coração não se conformou
com o que o destino reservou. Nossa terra tremeu.
Os fundamentos cederam e a torre desceu,
a porta se abriu, meu corpo saiu e vagou.
Um vento pra cá, outro pra lá. O mar encapelou.
Um afogado, dois afogados, mas este não pereceu.
Hoje, canto pela vida que conheci
ao seu lado e de mãos dadas.
Tantos tesouros espirituais recebi.
Alento seu doce perfume. Flores não nascem do nada.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
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Flores não nascem do nada - Robertson Rébula
autor(a): Beto Rébula
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1 Comentário
Flores não nascem do nada.- Lindo!
bjs
Patricia
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