sábado, 17 de abril de 2010

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Canção do adeus - Betusko

nos cabelos oxidados  
um olhar penetrante  
invade o sexto sentido  
de um ser etéreo,  
bêbado de informações  
com retinas ruidosas  
que roubam pensamentos  
e invadem privacidades  
num click instantâneo  
no salão rosa e grená
onde um ego polivalente
assimila violinos vibrantes
em doces movimentos
com sussurros líricos
herdados compassadamente
de uma canção perdida
em um tempo muito distante
quando as violetas eram colhidas
para enfeitar gerações alegres
e o sereno caindo nos chapéus
não faziam a mínima diferença
pois o cantor a plenos pulmões
chorava a derradeira valsa,
a canção do adeus.

2 comentários

Anônimo

Betusko,amigo.

o andar do tempo, assim como é ingrato, também sempre nos conta o que não queremos esquecer, o que está arquivado nas prateleiras da nossa alma.
Bela viagem sentimental...mesmo que lembre a insensibilidade do Adeus
Abraços fraternos
Noélio A. de Mello

Tânia Du Bois

Caro Betusko,

o tempo é uma expressão que nos consome em adeuses.

Abraços,
Tânia.