Nana Merij.
ensina-me,
como esconder do sol
os segredos gravados no canto da boca
ensina-me,
como enxugar nessa manhã
os suados do medo guardados na palma d’alma
ensina-me,
como rasgar todas as impossibilidades
estampadas na sola do olhar como piche e areia
e essa ferrugem da memória em minhas mãos retida
que escorrega em voz insólita pelos fios das palavras
ensina-me,
como esticar o branco no chão do mundo
para esquecer essa fome agônica que rasga as horas
e a respirar o inatingível oco que me corrói
ensina-me a suportar esse dia escandalosamente feliz
que em cada vértebra :- me dói!
nanamerij
15/02/2010
Imagem: Nahoj Sennah
domingo, 11 de abril de 2010
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poema sem paisagem - Nana Merij
autor(a): Unknown
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2 comentários
Ensina-nos a passar por um poema como este sem ser fisgado pelo visgo da Poesia. Muito bom! Para ler e reler.
Abraços
Obrigada Poeta,por sualeitura e comentário-que muito me honra e estimula.
Abraço
amigo,nanamerij
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