Por Renan Moura Nunes
- O amor que reina, mas não cria ou renuncia -
Algumas obras do pensamento, da arte, da literatura, são tolerantes. E esta tem, nos postulados simples e na própria forma de apresentação, momentos revolucionários em que o é. Neste conto não são as premissas e a conclusão o mais relevante: as proposições de "Um Último Trago" podem ser lidas com autonomia relativa, como linhas e estrofes de um poema, numa seqüência de imagens rigorosas e cristalinas.
Aquilo de que não se quer falar deve ser deixado em silêncio. Esse silêncio é que diz. A consciência dos limites da linguagem expressa neste conto é a forma própria de uma ética do autor. Tudo que é dito por muitos de uma forma fantasiosa, neste conto é dito através do silêncio.
É um texto aparentemente descoberto, mas é, na verdade, enigmático. Não há chave de leitura unívoca, ficando-se entre respostas deliberadamente sugestivas que se legitimam por serem mais pragmáticas que idealistas, mais estetizantes que socializantes.
"Um Último Trago" tem uma intenção conciliadora. Não deve deixar de ser lido na relação com o fantástico enquadramento estrutural do autor, de natureza diferente de algumas das histórias de amor ou de fantasmas internos. Fala do amor que reina, mas não cria ou renuncia, a literatura mostrando, imagética e simbolicamente, seus motivos centrais.
Aquilo de que não se quer falar deve ser deixado em silêncio. Esse silêncio é que diz. A consciência dos limites da linguagem expressa neste conto é a forma própria de uma ética do autor. Tudo que é dito por muitos de uma forma fantasiosa, neste conto é dito através do silêncio.
É um texto aparentemente descoberto, mas é, na verdade, enigmático. Não há chave de leitura unívoca, ficando-se entre respostas deliberadamente sugestivas que se legitimam por serem mais pragmáticas que idealistas, mais estetizantes que socializantes.
"Um Último Trago" tem uma intenção conciliadora. Não deve deixar de ser lido na relação com o fantástico enquadramento estrutural do autor, de natureza diferente de algumas das histórias de amor ou de fantasmas internos. Fala do amor que reina, mas não cria ou renuncia, a literatura mostrando, imagética e simbolicamente, seus motivos centrais.
Imagem: SmokeWorks #41, de Mehmet Ozgur
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