Senhor! Permita que eu ore.
Que poetize esse solilóquio.
Permita que os meus excessos
sejam aliviados sem pudor,
e que as cores da minha poesia não sejam ofuscadas
em qualquer esquina, em qualquer bar ou em qualquer cigarro.
Escancare, desde a menor das epifanias,
até o mais óbvio sinal de que estou viva.
Perdoe alguns pecados ali,
e arrogâncias acolá, que,
de tanto fingir esquecimento,
de fato as perdi entre lembranças sem importância.
Oro para que o choro contristado seja cessado,
para que as explosões apaixonadas
e exageradas de sentimentos e raiva,
parem de ferver e mornem.
Permita que o prazer em meu corpo
seja coisa séria, seja amor, seja real.
Senhor! Perdoe essa oração sem cabimento,
esses queixumes acompanhados de lamentos.
Perdoe a minha idiossincrasia.
Amém.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
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Idiossincrasia Orada - Thabata Lima Arruda
autor(a): Thabata Arruda
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1 Comentário
Bonito, Thabata!
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