Para L. Rafael Nolli (Brother e Guerrilheiro Mor)
Um grito no absurdo
Diz que poesia é pipoca em cine mudo
0,03 centavos de créditos no celular
Um arsenal de metáforas
Um vento agredido nos sonhos de Maiakovski
Revolução de dons quixotes arfantes de prosas
Perfeitas que nos batem, nos cospem, nos matam
Nos fuzis armados e disparados de verve eloquente
E lúcida de Luther Blisset
Viva o cinema mudo, o disco voador do Pateta Bush
Viva Xuxa e o Bonde do Tigrão
Viva, Viva!!! Tudo está morto na mídia
Viva, Viva! E tudo está big brothermaniacando encantos?
Viva! Viva!
Viva! Viva!
Mas na veia da Guerrilha ainda há justiça,
Há Lou Reed fumando nuvens sangrentas
E Zappa cheirando sóis anestésicos de picardia
Píncaros de surrealidades que o corte se faz
Num instante exato
Viva! Viva a poesia morta e enterrada nos dias infernais
Que virou o pó dos açúcares piegômetros
No chavão de limão com coração
Mas ainda há artilheiros
Empunhados com suas armas
Ainda há artilheiros
Preparados com suas clavas
Ainda há artilheiros
Bárbaros que encaram a face do diabo
Prontos com coquetéis molotov
Prontos pra enfrentarem o amanhã
Com um rife de Zappa num escrito
Que alucina a boca do sapo que engole
A aurora quando o céu derrete
30/03/07
Imagem: Eduard Szattler
1 Comentário
Cássio, tenho o maior orgulho em ter meu nome vinculado a esse poema!
Abraços!
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