segunda-feira, 22 de novembro de 2010

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VÉSPERAS









A negra sombra do fio da lua
assombrou a serpente em
sua cauda de fantasia,
amava-te em frases perjuras
espiava-te senhor do amanhecer
e esquecia-me sobre o sol
- verde véspera –
das notícias malevolentes
que levaram-me
santa pontífice navegadora
a espiar enviesada
uma suave passagem
semáforo e sombra
fugas fugazes do meu ser.

No dia demarcado te darei
três pontas da flor amarela
nave trevo entressafra

Minhas mãos enfraquecem
e não se formam
no molde cor de marte
que se arrasta na encosta

aqui no árido vale da morte
os ventos se envaidecem
de nuvens e grinaldas
tules de aspargos e
vazadas aspirações .

Malvada maldita colheita
estimo em cem tantos mil
os passos que contei
chamuscando os seios
nas setas indiferentes

...............................mas te aguardo com tamanha
contenção de euforia
que quase rezo em
cima de duas afrontas
a certeza do amor.

Vácuos de luz me acompanham
na reforma os vestidos e as vésperas
quatrocentos arroubos de incertezas
......... era quase já tanto tanto tarde
mais dia e muita pouca noite
eram tropeços trôpegos do silêncio
no seu colar de gestos e enfoques....

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