sábado, 28 de maio de 2011

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fim

Ela até queria aquelas últimas palavras que guardou no meio da agenda. Ele até queria inundar de colorido a sua vida. Mas o amor indiferente interrompeu a música bonita. Criou um caso, e confirmou o descaso entre eles. O bom dia foi tão frio quanto o café, que era tão amargo quanto o gosto do beijo não dado. 

Ela até queria cintilar o resto de bémois em seu piano. Ele até desejou ouvir um canto carnavalesco, rouco, saindo de seus poros. Mas o amor inconseqüente tornou-se inexistente. Sobrou um caso, e confirmou o descaso entre eles. O boa tarde foi tão sem graça quanto o chá, que era tão forte quanto o vento que despenteou os cabelos dos que testemunhavam aquele fim.

Ela até queria fazer brotar dentro de si alguma flor para comovê-lo. Ele até quis fugir, mas o que transbordava teve que ser chamado de dor. Mas o amor inconsciente interrompeu o bonito. Criou-se um resto de sentimentalidade. Esta foi varrida para o acaso. O boa noite foi tão estrelado quanto o adeus, que era tão certo quanto as estações. 

Eles até queriam musicar esse amor, mas suas canções eram do fim. Do fim. Fim. 

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