sábado, 14 de maio de 2011

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relativo - sonia regina


sou o movimento da água que me envolve 
deitada à beira-rio faço parte do mistério  
não sou deus, ou deusa - nada senão palavras 
maliciosamente simples a dizer coisas 

máscaras caem, sem mais terem o que atestar
a omnipresença do sobrenatural dispensa representações

sorrio ao sol e à lua, à luz e à escuridão
ao imaginário
sorrimos juntas, eu a força que me rege

ao transmitirmos o pululamento dos mitos
construímos a natureza real



sonia regina
15052011

2 comentários

Júlio

uma vez mais a sensibilidade abre asas para voar poema.
todos somos um pouco de estuário.
uma amálgama de sedimentos que nos chegam pelas diferentes sensações da vida (como ao mar, pelas cheias dos rios).
é maio, o mês da mãe; o mês da vida.
Obrigado pela partilha. Beijinho

JFernandes

sonia regina

Obrigada, Júlio, pela leitura e comentário pregnante - " todos somos um pouco de estuário.
uma amálgama de sedimentos que nos chegam pelas diferentes sensações da vida" - e poético.

Beijinhos