sou o movimento da água que me envolve
deitada à beira-rio faço parte do mistério
não sou deus, ou deusa - nada senão palavras
maliciosamente simples a dizer coisas
máscaras caem, sem mais terem o que atestar
a omnipresença do sobrenatural dispensa representações
sorrio ao sol e à lua, à luz e à escuridão
ao imaginário
sorrimos juntas, eu a força que me rege
ao transmitirmos o pululamento dos mitos
construímos a natureza real
sonia regina
15052011
2 comentários
uma vez mais a sensibilidade abre asas para voar poema.
todos somos um pouco de estuário.
uma amálgama de sedimentos que nos chegam pelas diferentes sensações da vida (como ao mar, pelas cheias dos rios).
é maio, o mês da mãe; o mês da vida.
Obrigado pela partilha. Beijinho
JFernandes
Obrigada, Júlio, pela leitura e comentário pregnante - " todos somos um pouco de estuário.
uma amálgama de sedimentos que nos chegam pelas diferentes sensações da vida" - e poético.
Beijinhos
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