TALVEZ
Talvez não me queiras entristecer
evocando-me os nossos tempos idos
sugerindo-me quadros tão queridos
que sei impossíveis de reviver...
Talvez me pretendas enternecer
ou apenas usar os meus sentidos
através de mim ver os coloridos
e do escutar do som ter o prazer...
Talvez na tua imaterialidade
também tu padeças de saudade
e desejes estar perto de mim...
E eu, pressentindo a tua presença,
fique presa de nostalgia imensa
e saiba que a morte não é o fim...
Adelina Velho da Palma
adelina palma.com
2 comentários
Sim, um poema a descrever as dicotomias nas formas de se amar...
Enquanto um dos seres pretende uma coisa, talvez o outro esteja a desejar o sentido contrário e ambos julgam estar sentindo e amando da forma certa,pois o amor é incerto e diferente quando dentro do coração daquele que ama.
Lindo soneto - este som pequeno que me fez dançar.
Abraços
aproveitando o momento e usando minha pretensão que deveria se conter, gostaria de saber como faço para ter publicado meus escritos aqui?
Se não perguntar, nunca irei saber... rsrsrsrs
Malu, o Centro de Colaborações está suspenso e as publicações são, nesse período, feitas somente pelos membros.
[mande-nos alguma coisa, contudo, para conhecermos seu trabalho]
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