Depois de anos, as cigarras saem do fundo da terra e cantam a melodia que, com a morte, se encerra.
Explodem em canções quentes que voam pelo ar em fios transcendentes...
As asas soltas, libertas da vida contida,
o som guardado em caixinhas de veludo, revestidas.
E, a formiga, sua amiga, para a escutar o concerto efêmero.
Entre a seiva das árvores tecem a consonância do Universo.
Formigas cortam folhas e roubam sementes de outras lavouras...
Cigarras voam... e cantando inundam de luz o silêncio.
A sinfonia da VIDA é ouvida por aqueles que mergulham no imperceptível,
no invisível horizonte perdido à frente
e que, por um momento, afundam nas águas transparentes da Primavera.
Imagens do Google
7 comentários
Que lindo amiga Malu!
E que missão, principalmente da cigarrinha, que encanto anuncia as chuvas de verão, estoura de tanto cantar.... Já vi várias coladas em troncos, apenas a casquinha , oca, sem vida. Uma vida que morreu de tanto cantar.
Um grande abraço.
Carinhos meus.
um belo texto... bjuuu
Agradeço aos amigos do Face que sempre tem prestigiado meu trabalho em cada espaço onde publico. Obrigada, GENTE AMIGA!
Mergulhar no imperceptível é ampliar as percepções.
Um beijo, Malu!
Aos amigos que passam por aqui, meu carinho!
Que lindo texto, quanta singeleza ao mostrar a vida efêmera da cigarra morrendo de tanto cantar..
Beijos
Liza
Sempre bom chegar por aqui e encontrar impressões sobre meus escritos. Um grande abraço e gratidão a todos...
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