segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

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ÁGUAS DA PRIMAVERA...


Depois de anos, as cigarras saem do fundo da terra e cantam a melodia que, com a morte, se encerra.
Explodem em canções quentes que voam pelo ar em fios transcendentes...
As asas soltas, libertas da vida contida,
o som guardado em caixinhas de veludo, revestidas.
E, a formiga, sua amiga, para a escutar o concerto efêmero.
Entre a seiva das árvores tecem a consonância do Universo.
Formigas cortam folhas e roubam sementes de outras lavouras...
Cigarras voam... e cantando inundam de luz o silêncio.
A sinfonia da VIDA é ouvida por aqueles que mergulham no imperceptível,
no invisível horizonte perdido à frente
e que, por um momento, afundam nas águas transparentes da Primavera.



Imagens do Google

7 comentários

Dayse Sene

Que lindo amiga Malu!
E que missão, principalmente da cigarrinha, que encanto anuncia as chuvas de verão, estoura de tanto cantar.... Já vi várias coladas em troncos, apenas a casquinha , oca, sem vida. Uma vida que morreu de tanto cantar.
Um grande abraço.
Carinhos meus.

LunasCafePoetico

um belo texto... bjuuu

Penélope

Agradeço aos amigos do Face que sempre tem prestigiado meu trabalho em cada espaço onde publico. Obrigada, GENTE AMIGA!

Anônimo

Mergulhar no imperceptível é ampliar as percepções.

Um beijo, Malu!

Penélope

Aos amigos que passam por aqui, meu carinho!

Anônimo

Que lindo texto, quanta singeleza ao mostrar a vida efêmera da cigarra morrendo de tanto cantar..
Beijos
Liza

Penélope

Sempre bom chegar por aqui e encontrar impressões sobre meus escritos. Um grande abraço e gratidão a todos...