segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

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O MALABARISTA -- Soneto de Adelina Velho da Palma

O MALABARISTA

As bolas mal tocam na tua mão,
as massas saracoteiam no ar,
os tacos ardem sem nada queimar,
os arcos giram sem tocar no chão!

Mágico sem varinha de condão...
Físico da dinâmica do ar...
A falha impossível de disfarçar
faz subir o tom da exibição...

Perito na arte de manobrar,
Com rigor, destreza e concentração
logras tudo e todos controlar...

Mas precária é a tua condição
pois para pelo Tempo perdurar
mais do que Engenho, é preciso Razão!...

2 comentários

Paola Rhoden

Amo sonetos. Lindo decassilabo. Abs.

andre albuquerque

Belo poema,a arte nas ruas, vira arte na poeta.Parabéns,André