quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

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“O VERDADEIRO ANALFABETO É AQUELE QUE SABE LER E NÃO LÊ.” (Mário Quintana)

Quanto tempo você tem para ler no seu dia a dia?

ANA: arruma tempo no dia em que não trabalha para praticar esportes, ver os amigos, ir ao cinema, mas... ler?
JOANA: começou a praticar ioga quando sentiu que estava faltando alguma coisa na sua vida; mas... ler?
DÓRIS: leva a vida a caminhar, vai trabalhar e, depois volta para casa e pede comida; mas.. ler?
RUTH: se sai mais cedo do trabalho, faz massagens, senão vai direto jantar e dormir; mas.. ler?
JOÃO: nas horas vagas, primeiro assiste futebol na televisão e depois vai correr; mas... ler?

Sejam quais forem as razões para não se ter o gosto pela leitura, constato que todos reclamam não ter tempo para mais nada além das atividades cotidianas. Como diz Manoel de Barros “Todo mundo se ocupava da tarefa de ver o dia atravessar. Pois afinal as coisas não eram iguais às cousas?”
Posso dizer que cada um tem uma incrível vida dentro de caixas, porque para sentir da vida mais do que ela oferece, seria bom caminhar ao lado da literatura. Um bom livro retribui a você todo o tempo que lhe foi dedicado (geralmente faz às vezes de da companhia), principalmente, quando se fala em poesia. E mesmo assim sinto perceber a sua influência nas novas expressões adquiridas.
A dedicação à leitura leva-nos a transformar as informações em conhecimentos úteis e apaixonantes. Helena Kolody diz nos poemas, SIGNIFICADO, “No poema / e nas nuvens / cada qual descobre / o que deseja ver” e HOJE, “Momento a momento / muda o mundo / a vida acontece / germina o futuro”
Resumindo, resta-nos a esperança de mudar, de apreender e de aprender a temperar o nosso tempo. O importante é permanecer sempre com o sentimento de sonhar e acreditar que a leitura traz sabedoria e prazer.
Permita-se desfrutar da deliciosa sensação de ler ao sabor de Nelson Ascher, em O Sonho da Razão, no poema Definição de Poesia, “Poesia, ponte acima / de abismos não abertos / ainda ou flor que anima / a pedra no deserto / e a deixa logo prenha, / é régua que calcula a / linguagem e lhe engenha / modelos de medula”. Lembremos sempre de Mário Quintana, ao ler “Que o verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler e não lê”.

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