O
fino trato
que
despendes com tua escrita
não
merece o desfastio
dos
ascetas.
Poeta,
mantém
léguas
do
itinerário dos justos.
O
verso
que
te arde as conjuntivas,
que
faz suar as mãos sobre a mesa,
desgosta
os santos.
Lembra-te
de que
gostariam
de te extirpar
os
olhos mas
te
presenteiam com um sorriso.
Sempre
soubeste
que
poderias contar
com
teus inimigos
(os
bons e justos tudo temem)
Poderá
existir alguém
mais
fiel que um inimigo?
(do livro Rascunhos do absurdo - 2010)
1 Comentário
Caro Jorge,
gostei do poema, e se você permitir o citarei no meu texto sobre cartas.
Abraços,
Tânia.
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