sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

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AMANHECER

Amanheço: na noite retrato
a moldura e o pano de fundo.
Não me afundo em lágrimas.
Transito na borda do copo
e o guardanapo tremula
nos olhos apagados: ser
do retirado a força
no adormecer em casa.

Desde a casa inicial
da infância até o iniciar
o lado de fora.

No amanhecer reconheço a dádiva
da renovação do ciclo: o circo
se repete em cidades diferentes.

(Pedro Du Bois, inédito)

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