quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

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EU E O MENINO - poema de Natal

                         EU E O MENINO - poema de Natal
 
                                                                                Lílian Maial
 
 
 
 
 
Tanto sol e luz
- calor -
desço da cruz,
e vejo o mundo por outros raios.
Minhas chagas não têm tamanho,
perto do coração de quem não tem alento.
Minhas dores não são nada,
comparadas ao desamparo dos olhos que não recebem troco.
Caminho com pés em poças,
e choro lágrimas de rubro sentir.
Tanto tempo e estrada
- eras -
e ainda sou crucificada pela inércia
a cada dia de Natal.
 
 
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