domingo, 21 de abril de 2013

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RABISCOS DE AMOR...




Gostava de dormir o sono mais profundo e dentro dele poder descobrir os caminhos das tuas noites.
Mergulhar num transe constante e sentir tuas mãos percorrendo meu corpo, teus sussurros beijando minha alma.
Ah! E os teus cílios roçando meus olhos fechados... tua boca quente passeando em versos verdes da poesia, no fundo da minha cama - grama molhada a abrigar nossas penas enlaçadas.
Ouvir a música suspensa em pautas douradas, tua voz, que me abraça os vazios e os medos.


Gostava de ver a luz grudada nos nossos ossos, correndo, colorida, pelas nossas veias, marcando nossas cores em inocentes corações rabiscados na areia... e o nosso nome, arrolhados em garrafas, que se joga ao mar, levando nossos brancos desejos, ainda virgens em luas desertas.

Gostava de viver esse amor que não se vive, que apenas viaja solto... e nós, assim, como dois estranhos, sem planos...

Gostava de te perguntar se há espaços para as minhas bagagens, n'alguma viagem... se há teus olhos a olharem pelas minhas paisagens, onde de dia me mostro, bem ao longe e, à noite, em sonhos profundos, estou mais perto, para que me veja em todos os meus detalhes - detalhes de tudo aquilo que eu possa desenhar - não mais em rabiscos, mas traços precisos desse meu amor.

Imagem Google

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