quarta-feira, 10 de julho de 2013

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Nas trilhas da Mantiqueira



 /\ não siga-me /\ a senda é longa /\ e o banco do carona leva ao devaneio /\ dos meus remoinhos /\ eu bem sei /\ a sanidade não é digna de respeito /\ valei-me Pai /\ daquela ladainha /\ se sou filho do pecado /\ então toma esse fardo teu /\ em frangalhos e a tua semelhança /\ homem, mulher, criança /\ escolhe do universo inteiro /\ girafa, macaco, rinoceronte /\ não há pescoço que aguente /\ tão dura e pesada cabeça /\ é descabida a ignorância /\ ocupar a mente nos animais /\ desacredito da ciência /\ do governo e da televisão /\ explica o que eu tenho de fazer /\ mas não ouve se eu não disse que vi /\ para concluir depois eu mesmo que não /\ nem busca resposta imediata /\ na ponta da língua /\ decorada /\ sem a necessária reflexão /\ não valeria a pena /\ do alto exercício da profissão /\ de um Deus /\ deixá-los imperfeitos /\ sem pistas sob um céu de estrelas /\ qual migalhas espalhadas de miolo do pão /\ não as abandona amanhecidas /\ pois /\ traiçoeiras as pegadas /\ do demônio de plantão /\ segue só a trilha /\ os pulmões preenchidos de sereno /\ no momento certo /\ coragem /\ faz bater forte /\ um coração /\  



1 Comentário

Fernando Rocha

Ritmo frenético, o qual contrasta com a paisagem traquila do lugar.
Quando estou nesta área, sinto o meu verdadeiro tamanho (nada) diante da natureza.