não fosse isso
e era menos
não fosse tanto
e era quase
Paulo
Leminski
Para
tudo existe um peso
que se desfaz
sob o concreto,
que de tão sólido,
amacia as carnes,
apaga desejos
e funde os corpos
num comedido abraço.
Uma
medida
do meu sexo
te explorando enquanto dorme
rompendo tua boca
enquanto fala,
carregando o peso
da insônia do Mundo
do julgar-se saciado
nos lábios
que ainda choram a saudade
de um orgasmo
impossível.
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