sábado, 8 de agosto de 2015

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A PERMANÊNCIA DO HORROR

o rosto inexpressivo
guarda a grade que separa

não há razão nas palavras
e o cinismo é parte tramada
na tragédia: a morte verte
a terra convertida
ao atraso: o arquétipo aflora
direitos e cobra a reflexão
do minotauro no labirinto
estéril de resultados

não há olhar na continuidade
e o silêncio é ovo partido
de cascas desenformados
no recado: grito de horror
além do contato

(Pedro Du Bois, inédito)

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