uma noite de dentro e de morte
películas de lucidez me apartando
da terra
já quase atravesso a sina
a senda
o semáforo colorido do dias nem tanto
reconstruo pequenas redomas, umas recordações estriadas
e sem pormenores
nenhum som ou perfume parece voltar dos passos das trocas
das escutas
da ilegítima espera espiralada
quase tão nítida e vagarosa como sol/ intumescido
espectro
andarilho fluente
para as sombras
um vasto gelo de si e fá
lacrimejado e levitado aspirado de uma acorde do
deus
seu sonho de ametista e silêncio
fio prata até o anjo, a madre, a espiral na lua
e no adro
um sobrenome vertical, a partícula da eternidade
reconstituída.
JANDIRA ZANCHI
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