Contarei um segredo.
Não sei escrever
Nem aqui
Nem ali
Nem na Casa das Rosas
Nem no El Malak
Sei escrever só na beira do copo do desespero
Sei escrever só na calma do cálice de vinho
Sei escrever só na angústia de ser-me vivo
Andarilho, maltrapilho e sem destino
Não escrevo por que gosto
Escrevo porque necessito
Escrevo porque há um grito
Levando-me ao infinito
Não sei escrever
Como fulano
Nem como sicrano
Não estou nem aí pra rima
Muito menos para as sílabas
Escrevo sem inspiração
Escrevo de supetão
No amontoado das palavras
Aparando arestas
Distorcendo figuras
Recriando composturas
Caros amigos poetas
Vamos cantar nossas alegrias
Em cada gota de sensibilidade
Em cada copo de cerveja gelada
E brindemos ontem hoje e amanhã
A nossa querida amiga a poesia
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